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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Sabedoria do Samurai


               
               Conta-se que, perto de Tóquio, capital da Japão, vivia um grande samurai.

               Já muito idoso, ele agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens.  Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

               Certa tarde, apareceu por ali um jovem guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos. Era famoso por usar a técnica da provocação.

               Utilizando-se de suas habilidades para provocar, esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de inteligência e agilidade, contra-atacava com velocidade fulminante.

               O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.

               Assim que soube da reputação do velho samurai, propôs-se a não sair dali sem antes derrotá-lo e aumentar sua fama.

               Todos os discípulos do samurai se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.

               Foram todos para a praça da pequena cidade e diante dos olhares espantados, o jovem guerreiro começou a insultar o velho mestre.

               Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.

               Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu sereno e impassível.

              No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

              Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado calado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:

              Como o senhor pôde suportar tanta indignidade?

              Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

              O sábio ancião olhou calmamente para os alunos e, fixando o olhar num deles lhe perguntou:

              Se alguém chega até você com um presente e lhe oferece mas você não o aceita, com quem fica o presente?

              Com quem tentou entregá-lo, respondeu o discípulo.

              Pois bem, o mesmo vale para qualquer outro tipo de provocação e também para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre.

              Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

               Por essa razão, a sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, se você não o permitir.

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               Sempre que alguém tentar tirar você do sério, lembre-se da sábia lição do velho samurai.

               Lembre-se, ainda, que seus atos lhe pertencem. Só você é responsável pelo que pensa, sente ou faz.

               Só você, e mais ninguém, pode permitir que alguém lhe roube a paz ou perturbe a sua tranquilidade.

               Foi por essa razão que Jesus afirmou que só lobos caem em armadilhas para lobos.

                Assim, aceitar provocações ou deixar que fiquem com quem nos oferece, é uma decisão que cabe exclusivamente a cada um de nós.

                Pensemos nisso!



                Redação do Momento Espírita com base
                em texto de autor desconhecido.

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