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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Egum



 Embora Egum signifique todos osespíritos que já desencarnaram, para nós, Umbandistas, Eguns são espíritos queainda não adquiriram um grau de consciência e às vezes nem mesmo sabem queestão desencarnados.

Ele pode se tornar um obsessorquando se liga a algum encarnado para, por exemplo, vivenciar seus víciosmateriais (álcool, droga, sexo, etc..) ou por não admitir se afastar de algumencarnado (esposa, filhos, amigos) ou ainda para se vingar de seus inimigos.

As pessoas obsediadas irão ser“vampirizadas” por eles, pois mesmo sem saber, quando um Egum entra no campovibratório de um encarnado, por osmose, ele irá sugar a energia vital  doencarnado, desvitalizando um e vitalizando o outro.

O obsediado ira sentir uma forteapatia, “oco” por dentro, não saber mais o que quer direito, angustia, frio,sono, fraqueza, dores pelo corpo, calafrios, indisposição, sentimentosinconstantes, medo...

A presença do Egum também poderáintensificar também nossos vícios e fraquezas nos desequilibrando como porexemplo: se aquele obsessor tiver o vício de beber e o encarnado beber, poderábeber além da conta, se os dois sentirem raiva, poderá ficar violento demais, eassim por diante.

Os Eguns ficam vagando em nossomeio e às vezes são aprisionados por "quiumbas" (seres que já sabemque são desencarnados e fogem do auxílio), servindo-lhes como escravos e muitasvezes usados para sugarem energia de seus desafetos, atuando através dos seteestados tidos como capitais (vaidade, inveja, ira, preguiça, avareza, gula,luxúria).

Muitos ex-viciados são Eguns,pois, como quando na carne, não conseguem se libertar de seus vícios (tabaco, bebidas alcoólicas, cocaína, heroína, LSD, cola de sapateiro, crack,etc..). Eles irão se aproximar de algum encarnado que tenha o mesmo vício parapoderem sugar estas energias viciantes e por esta estar sendo dividido com oEgum, o encarnado irá fazer um uso maior para poder satisfazer os dois.

Espiritos que também tiveramatitudes que causam dependência (sexo, riquezas materiais, jogos, fanatismoreligioso, atitudes depressivas, etc...) também são grandes candidatos para setornarem Eguns depois de desencarnados.

Quando em Egum toma consciênciade seu estado e condição ele passa a ser um “sofredor” pois começara a “clamar”por Deus e por ajuda ou passara a ser um “Quiumba” que foge dos seres de luzpara poder continuar em nosso meio.

Precisamos mudar a freqüência denosso campo vibratório para que este obsessor não consiga nos perturbar e sedesligue de nós.

É difícil, pois não somos seresperfeitos e temos muitos vícios, mas percebemos que nossas fraquezas é queestão atraindo este tipo de obsessor para a nossa vida e faremos o possívelpara mudar.

A Oração eleva nossa vibração econseqüentemente, eleva a do obsessor, possibilitando que entidades de luz seaproximem e o esclareça.

Banho de ervas também tem o mesmoefeito e protege nosso campo mediúnico não permitindo o acoplamento de energiascontrárias.  U m banho simples de se fazer é com: Comigo-ninguém-pode /Guiné / Arruda / Alecrim / Espada de São Jorge / Manjericão / Hortelã-pimenta.(joga-se do pescoço para baixo pedindo a libertação das energias negativas,tomar durante 7 dias).

Mas se não mudarmos nossas posturase atitudes, de nada adiantará.

Quando este obsessor for umperseguidor desta ou de vidas passadas, o processo é mais demorado pois asvezes somos merecedores daquela perseguição e não mudamos ainda nosso modo depensar e de sentir, possibilitando assim, a interferência dele.

Qualquer entidade da linha deUmbanda, seja ela, Preto-velho, Caboclo, Boiadeiro, Exu, Baiano, etc... iráidentificar a atuação de um Egum e afastar, as vezes a força, do convívio doencarnado. Ele será enviado a uma colônia de esclarecimento ou será entregue aum Exu, que através da Lei Maior, irá fazê-lo expurgar seus “pecados”.

A Entidade irá esclarecer oencarnado a forma que este Egum foi atraído para a sua vida e através deconselhos, mostrar quais atitudes e sentimentos devem ser modificados para queisto não se repita novamente. Geralmente indicará um banho para limpar seucampo mediúnico e talvez alguma oferenda para absorver alguma energia que ficouescassa.

Poucos são os casos em que aatuação destes Eguns vieram através de magia negra contra o encarnado, em suamaioria foi a lei da atração.

Ore, se Melhore!

Por MarciaConti

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Meu Orixá é melhor que o Seu!



“MEU ORIXÁ É MELHORQUE O SEU”. Quantas vezes nós já ouvimos esta afirmação de nossos irmãosUmbandista ou até mesmo daqueles que têm afinidade com a Umbanda? Mas, o quemais me assusta, como sempre, são os comentários feitos muitas vezes por nossosirmãos praticantes de nossa Religião. O meu susto não pára apenas na frase, ouseja, no conteúdo destas palavras, mas no tom de voz que é utilizado e apostura muitas vezes “arrogante” de alguns irmãos. Na minha visão, estamosprimeiramente desrespeitando os Orixás e na seqüência estamos nos achandosuperiores ao nosso próximo, coisa esta que é tipicamente nossa.

Vamos lembrar quetodos os Orixás estão vivos em nossa coroa e em nossas vidas, mas observe queestamos falando de Orixá, O Dono da Cabeça, seres supremos, logo não existemdivergências e tão pouco estrelismos ou melindres, como nós temos.

O assunto é tão sérioque já ouvi pessoas sendo filhos (as) de Omulú dizerem que sentem “vergonha” desua coroa, porque seu Pai é um Orixá “ancião” ou porque, para alguns, elecarrega o símbolo da morte. Com isso, aparecem os piores comentários: “Nossa!Então se sou filho de Omulú eu vou morrer? ”Sim, todos nós vamos um dia.“Nossa! Então eu sendo filho de Omulú eu posso matar qualquer um?” Não, a menosque goste de ficar em uma penitenciária respondendo um processo criminal.

Da mesma forma quetem àqueles que rejeitam temos também os médiuns, enchendo a boca para dizer:“Sou filho (a) de Oxum” ou “Sou filho (a) de Xangô”, etc.. Em alguns casos temo complemento: “Meu Orixá é melhor e mais forte que o seu”. Acredito que nosdois casos, tanto no desprezo / vergonha, bem como na “Idolatria”, são cenáriosde uma enorme falta de respeito com os nossos Pais e Mães Orixás.

Por que temos quesentir vergonha ou desprezar o Orixá que está em nossa coroa ou na coroa denossos irmãos? Por que muitos chegam a mentir com relação àqueles que regem suacoroa? Se todos os nossos Pais e Mães Orixás são Sagrados, por que rejeitamos oSagrado? Por que desprezamos o Sagrado que nos escolheram e estão nosprotegendo?

Não podemos fazercomparativos entre as forças dos nossos Orixás, dizendo que “o meu é melhor queo seu”, porque todos têm suas funções, ações, forças, estruturas, realizações,qualidades, etc.. O que seria da força de Ogum, para abrir os caminhos, se nãoexistisse a força de Omulú para paralisar ou finalizar os pensamentosnegativados demandados contra nós? O que seria da geração de Yemanjá, provendocondições melhores em nossas vidas, se Nanã não decantasse as nossas frustrações?

Com estesquestionamentos, como podemos afirmar que o “Meu Orixá é melhor que o seu”?Todos nossos Pais e Mães Orixás têm suas qualidades e se completam em umagrande força quando unidos, formam um TUDO e um TODO onde podemos, ainda,visualizar que existe um relacionamento e até mesmo uma “dependência” naatuação de um para o outro. É uma visão muito pequena achar que o Orixá querege a minha coroa e muito mais importante do que o que rege a coroa do meuirmão.

Em primeiro lugar,nós somos escolhidos por nossos Pais e Mães Orixás. Em segundo lugar, TODOS nóstemos uma missão para cumprir e os nossos Pais e Mães Orixás estão nosauxiliando nesta caminhada, tarefa, esta, que é bem difícil para Eles.Geralmente ficam nos mostrando os caminhos que devemos percorrer, bem como, oque devemos fazer, mas na maioria das vezes não escutamos, não percebemos e nãosentimos, pois estamos tão preocupados com nossos “pobres” pensamentos julgandoos Pais e Mães Orixás de nossos irmãos, achando que podemos ser maisimportantes ou melhores só por que não temos o mesmo Orixá na coroa, que nãoconseguimos perceber ou ouvir o que eles estão tentando nos mostrar ou dizer.

Então meu irmão, nãose sinta mais ou menos importante diante daquele que possui um Pai ou Mãe Orixádiferente do que possui em vossa coroa, sinta sempre o Orgulho de ter sidoescolhido por Ele e por Ela, deixe que as essências de vosso Pai e Mãe Orixáatuem em vossa vida. Não pratique a difamação dos Sagrados, não se esconda davossa essência, não vire as costas para àqueles que lhe escolheram como filho(a). Sejamos no mínimo, bons filhos (as), respeitando e cultuando as forçasdaqueles que nos sustentam.

Não diga: O MEU ORIXÁ É MELHOR QUE O SEU, mas
Diga assim: OS NOSSOS ORIXÁS SE COMPLETAM NA ESTRUTURA DE DEUS.

                         
             Por Danilo Lopes Guedes

O Dom da Cura



Mas o quevem a ser esse dom de curar?

Será, meuDeus, um privilégio de alguns?

Será essedom uma raridade?

Quando sefala em médium de cura, todos ficam imaginando uma pessoa especial.

Mas hojeaqui venho, meus companheiros, para dar um pequeno alerta sobre essa faculdadetão comum e tão especial ao mesmo tempo.

Quando umamãe vê o filho chorar com alguma dor, com carinho o abraça, o afaga e com osolhos rasos d’água pede a Deus que o cure.

E essacriança, de repente, pára de chorar. Houve milagre?

Não, amigos,essa mãe usou o seu dom de curar: o Amor.

E nós assimfaríamos se tivéssemos realmente esse amor incondicional.

E unidos àfé faríamos o que muitos denominam milagre.

Mas nós,estudiosos do espiritismo, já sabemos que tais milagres não existem, que sãoapenas magnetismo, energia, fé, boa vontade e amor doado pelos médiuns emanipulados por nós.

Há o fatormerecimento. Esse, Deus é que julga.

Na hora dedarmos um passe não nos importa saber se aquele ser ali é merecedor ou não,façamos a nossa parte.

E será quealguém aqui seria capaz de saber quem merece ou não?

Somos todosnós, simples aprendizes, ainda engatinhando na estrada infinita doconhecimento.

O dom decura está em mim, em você, em nós.

 Estános nossos maiores e melhores sentimentos: Amor e Boa Vontade.

Será que oMestre dos Mestres fez milagres?

Ele curou,espantou demônios, levantou os caídos, fez andar os paralíticos…

Forammilagres? Não. Ele tinha fé e o mais puro coração.

Sejam vocês,todos vocês, médiuns de cura.

Usem o queexiste em cada um: Amor e Boa Vontade!


Autoria Desconhecida

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Esse Blog abraçou a “Casa que o amor construiu...”



O Espiritualizando Com A Umbanda é o mais novo parceirovirtual da Casa Ronald McDonald RJ         

A CasaRonald McDonald-RJ acaba de ampliar seus horizontes no mundo virtual. Ainstituição, que hospeda crianças e adolescentes em tratamento contra o câncerno Rio, começou uma nova campanha na internet. Após ter lançado uma Fan Page noFacebook, e revitalizado o Twitter, a CRM lançou uma ação junto aos principaisblogueiros do país. O mote da campanhaonline será uma extensão do slogan tradicional: “A Casa que o amorconstruiu... a Internet abraçou!”. A expectativa é conquistar, cerca 1 milhão emeio de visualizações em blogs e sites desses novos parceiros.

A agênciaCMI, especializada em marketing digital, ficará responsável pela campanha,voluntariamente, e começou o trabalho fazendo uma listagem dos maiores blogs doEstado do Rio, e mais influentes do Brasil. E o Espiritualizando Com A Umbanda foium dos selecionados.

Sendoassim, aproveitamos a oportunidade para passar para nossos leitores, que apartir de hoje, abraçaremos a CRM-RJ. Nosso espaço ganhará o selo de “BlogueiroResponsável” da Casa Ronald McDonald RJ, e convidamos a todos para tambémabraçarem a Casa.

Apoie a Casaseguindo e adicionando as redes da CRM:

Responsabilidade Social – Esse Blogabraçou a CRM-RJ Blogueiro Responsável



       O Blog Espiritualizando Com A Umbanda agradece pela oportunidade de poder ajudar a divulgar a Casa McDonald RJ. Muito Obrigado e que o Mestre Jesus Ilumine a todos! Muita Paz e Luz...

Denis Sant'Ana

Jesus Cristo



Jesus, o Educador de Almas

 A mensagemcristã foi apequenada, podada, enxertada por aqueles que dela se apossaram, aoconstruírem uma religião atemorizadora e salvacionista, com base em atitudes místicas

A Humanidadecomeçou, com o advento do Espiritismo, a conhecer com mais amplitude eprofundidade o que significou, para o mundo, a vinda de Jesus, o Mestre maisperfeito que a Terra conheceu, aquele que baseou seus ensinamentos na pedagogiado exemplo. Não há um só ensinamento dele que    tenha ficado sem oseu testemunho pessoal. Jesus foi simples e minucioso no que ensinouverbalmente e farto na exemplificação. Por isso é que se deve tomá-lo como oMestre e Guia a ser seguido, e não como um simples intermediador entre o homeme Deus, que teria selado uma pretensa aliança com o Criador, através dooferecimento do seu sacrifício para a salvação da Humanidade, conformeinterpretações equivocadas de teólogos.

O próprioconceito de religião foi modificado a partir dos seus ensinamentos. Com Jesus,aprende-se que religião não é algo mágico a ser levado a efeito no interior dostemplos. Não mais aquela idéia de que religião é prática mística,contemplativa, ritualística, cheia de oferendas e fórmulas repetitivasvivenciadas no interior das assim chamadas “Casas de Deus”. Religião, conformeseus ensinamentos e, principalmente seus exemplos, passou a ser, para aqueleque lhe entendeu as lições, um novo modo de viver, de se relacionar com opróximo, em todos os ambientes, em todos os momentos. Ensinando que Deus estápresente em todo o universo, alargou os limites dos templos, conceituandouniverso como um templo imenso: “Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo, 14:2).

Jesus nãofoi um Mestre de gestos largos, de atitudes místicas e contemplativas, quevivesse confinado em ambiente religioso, ou em local distante, isolado doconvívio diário, longe da vida prática. Pelo contrário, o Mestre sempreconviveu com as pessoas, e, para prevenir qualquer interpretação equivocada,deixou ensinamento lapidar, registrado por dois evangelistas: “Eis que vosenvio como ovelhas no meio de lobos (...).” (Mt, 10: 16) e “Ide; eis que vosmando como cordeiros ao meio de lobos. (Lucas, 10: 3). Nem era um profissionalreligioso: vivia como simples carpinteiro, que causava espanto a alguns, diantedo que falava e fazia: “... donde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é estaque lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e deSimão? e não estão conosco aqui suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” (Mc, 6:2 e 3). 

Jesus foi umeducador de almas, que sempre enfatizou a necessidade do empenho da criatura nosentido de educar-se, de progredir, conforme ensinou no Sermão do Monte:  “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens (...).” (Mt, 5: 16).Toda a mensagem religiosa do Mestre fundamenta-se no esforço da criatura nosentido de revelar essa herança divina que todos trazemos. Nada de graças, alémda graça da vida. Nada de privilégios: “(...) e então dará a cada um segundo assuas obras.” (Mt, 16: 27).

Trouxe umanova dimensão ao entendimento humano, através de uma mensagem que é umverdadeiro desafio, no sentido de seus discípulos transcenderem os limites dalei antiga, que preconizava “olho por olho, dente por dente”: “(...) se a vossajustiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis noreino dos céus.” (Mt, 5: 20). “Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo eaborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos,bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos quevos maltratam e vos perseguem; (...).” (Mt, 5: 42 e 43). 

A féraciocinada, ensinada pelo Espiritismo, começou com Jesus.

Jesus nãodesejou discípulos passivos, encantados, deslumbrados. Pelo contrário, semprebuscou tocar o sentimento, juntamente com o apelo para que a criaturaraciocinasse, a fim de saber, de compreender porque deveria agir desse oudaquele modo. O Sermão do Monte, que para muitos é apenas um hino aosentimento, é, também, uma forte mensagem à inteligência, ao raciocínio: “Equal dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeisdar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céusdará bens aos que lhos pedirem?” (Mt, 7: 9 a 11).

Jesus levouo entendimento, a compreensão, o uso do raciocínio, ao campo da fé. A féensinada por Jesus transcende os limites da emoção, do sentimento, porassociar-se a um componente essencial: a razão. Inquestionavelmente, a féraciocinada, ensinada pelo Espiritismo, começou com Jesus. Kardec, comoprofundo conhecedor dos Evangelhos – livre dos prejuízos causados pelossucessivos exegetas, ao longo dos tempos – soube ver a objetividade e aracionalidade dos ensinamentos do Mestre. Soube ver que Suas lições têm sempredois direcionamentos: ao sentimento e à razão: “Olhai para as aves do céu, quenem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial asalimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” (Mt, 6: 26). Ao ensinara criatura a não criar fantasias sobre a fé, mostra a linha divisória entreaquilo que deve ser objeto da preocupação do homem, e o que deve ser entregue aDeus, perguntando: “E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados,acrescentar um côvado à sua estatura?” (Mt, 6: 27). Esse o motivo de se ler nafolha de rosto de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Fé inabalável só o é aque pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”

A educaçãoreligiosa que Jesus propicia ao homem leva-o a conscientizar-se de que não seráatravés de orações repetidas que estaremos agradando a Deus: “E, orando, nãouseis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falaremserão ouvidos.” (Mt, 6: 7). Nem através de oferendas ou bajulações: “Portanto,se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão temalguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vaireconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta.”(Mt, 5: 23 e 24).

No Seutrabalho educativo do Espírito humano, Jesus mostrou a importância do bomrelacionamento com o próximo como caminho para Deus, conforme bem entendeu oApóstolo João, que registrou: “Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, comopode amar a Deus, a quem não viu?” (I Jo, 4: 20).

Significativoé o diálogo entre o doutor da lei e Jesus, conforme relatado no Evangelho deLucas (10: 25 a 37): “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Ali se vêum homem, conhecedor profundo das leis religiosas, a ponto de citá-las de cor,logo que inquirido por Jesus:  “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teucoração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teuentendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (Deu, 6:5 e Lev. 19: 18). Efetivamente,os judeus sabiam de cor esses dois mandamentos maiores. Entretanto, quandoJesus lhe disse: “Faze isso e viverás”, aquele homem não compreendeu, porquepara ele não havia conexão entre o preceito religioso, que lhe enfeitava ocampo intelectual, com a vida prática, a ponto de perguntar: “Quem é o meupróximo?” Para aquele homem “próximo” era uma palavra mágica, sagrada, usadanos momentos religiosos, no templo, sem nenhum significado real na chamada vidaprofana. Daí o seu espanto. Estranhou que Jesus lhe recomendasse a aplicação dopreceito religioso à vida comum. Sabendo da distância que havia entre ospreceitos religiosos e a vida em sociedade, é que o Mestre contou-lhe aParábola do Bom Samaritano, mostrando que o aquele homem – desprezado pelosjudeus – fez sua oferenda a Deus, não diante de um altar, mas através do maislegítimo representante de Deus: o próximo!   


Bibliografia:
A Bíblia Sagrada - Trad. João Ferreira d’ Almeida - Ed. SociedadeBíblica Britannica e Estrangeira – 1937.
Por JoséPassini


O Mestre jamais convidou alguém a Orar num Templo

Ele própriodeu-se como exemplo no serviço a Deus na pessoa do próximo. Curava sempre,impondo as mãos sobre os doentes, embora não precisasse fazê-lo para curar(vide cura do servo do centurião: Mt, 8: 5 a 13), mas o fez para ensinar,recomendando que se fizesse o mesmo: “... e porão as mãos sobre os enfermos eos curarão.” (Mc, 16: 18). Deixou bem claro, também, a gratuidade da práticareligiosa: “... de graça recebestes, de graça dai.” (Mt, 10:8).

Vê-se,assim, que Jesus trouxe à Terra uma mensagem religiosa sem precedentes.Simples, sem ser superficial; profunda, sem ser complicada. Uma concepçãoreligiosa libertadora não agrada àqueles que desejam exercer o poder religioso.Estes procuram conservar a religião como algo mágico, místico, extático,complexo a ponto de a ela só terem acesso os doutos e os sábios, pessoaspretensamente especiais, que estariam mais habilitadas a intermediarem asmensagens das criaturas ao Criador.

Jesusconcedeu uma verdadeira carta de alforria à Humanidade, em relação àintermediação sacerdotal, ao informar a criatura humana de que ela tem odireito legítimo e inalienável de se comunicar com seu Criador, diretamente, emqualquer lugar onde se encontre, dando como exemplo o lugar onde se dorme: “Mastu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teuPai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.” (Mt,6: 6). Ao se meditar sobre esse ensinamento, percebe-se quanto sua mensagem foideturpada pelos teólogos, que ensinam terem certas pessoas determinadasprerrogativas de serem ouvidas por Deus, como se fossem advogados a levaremagradecimentos ou a reivindicarem determinadas benesses, numa práticadesenvolvida em meio a rituais completamente estranhos aos ensinamentos e aosexemplos de Jesus, com a agravante de serem remunerados.

Jesuslibertou a criatura humana também da necessidade do comparecimento ao templo, afim de ali encontrar-se com Deus. O Mestre jamais convidou alguém a orar numtemplo. Pelo contrário, quando a Samaritana manifestou-se no sentido de adorara Deus no Templo de Jerusalém, o Mestre desautorizou tal atitude, dizendo-lhe:"Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalémadorareis o Pai. Deus é espírito e importa que os que O adoram O adorem em espíritoe em verdade." (Jo, 4: 21 e 24). Para Jesus não havia santuários, lugaresespeciais. Seus ensinamentos, suas curas, suas orações sempre foram levados aefeito onde quer que ele se encontrasse. 

Ele foicrucificado exatamente pela coragem de contrapor-se ao poderio sacerdotal,àquela verdadeira ditadura religiosa. Infelizmente, com o passar dos tempos, oeixo da mensagem cristã foi-se desviando, saindo da área do estudo, dameditação e do serviço à luz da oração consciente, passando às práticas exteriores. 

O Mestreveio trazer a certeza de que Deus é Pai, é Amor.

Essasverdades religiosas simples, que estiveram ao alcance de humildes pescadores,de viúvas e de deserdados, foram, com o passar do tempo, relegadas a segundoplano, tendo sido postos em primeiro lugar o ritual, a solenidade, o manuseiode objetos de culto, a vela, o vinho, a fumaça, os cantochãos, as roupasespeciais e todo um conjunto imenso de práticas exteriores alienantes, buscadasno judaísmo e no paganismo romano, que distanciavam o homem cada vez mais doesforço de auto-aprimoramento preconizado por Jesus.

Ospronunciamentos libertadores de Jesus não foram objeto de estudo pelosteólogos, que criaram as liturgias, os sacramentos, e, pior ainda, a hediondateoria das penas eternas, desfazendo a imagem do Deus Misericordioso, tão bemdelineada pelo Mestre.

A mensagemcristã foi apequenada, podada, enxertada por aqueles que dela se apossaram, aoconstruírem uma religião atemorizadora e salvacionista, com base em atitudesmísticas e na crença de que seria o sangue de Jesus o remissor dos pecados daHumanidade. Foi enfatizada a adoração extática a Jesus-morto, em detrimento doesforço em seguir Jesus-vivo.

O Mestreveio trazer a certeza de que Deus é Pai, é Amor, é Misericórdia, contrapondo-Oà figura apresentada no Velho Testamento, que mostrava o Criador como alguémiracundo, vingativo, capaz de ter preferências por determinados povos eabominação por outros. Infelizmente, o Pai Misericordioso, tantas vezesdemonstrado por Jesus, foi negado pelos teólogos, ao criarem o Inferno de penaseternas. Em verdade, Jesus falou de sofrimento após a morte, mas nunca com apossibilidade de ser eterno. Pelo contrário, disse: “Em verdade te digo que demaneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.” (Mt, 5: 23)Mas, o Mestre, conhecedor da fragilidade humana, sabia que, de alguma forma,isso iria acontecer, por isso, prometeu o Consolador: “Mas aquele Consolador, oEspírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas ascoisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo, 14: 26)

Cumprindosua promessa, enviou-nos o Espiritismo, que não é apenas mais uma religiãocristã, mas o próprio Cristianismo Primitivo, que ressurge na sua pureza,pujança e objetividade originais, destacando-se das demais religiões, pelomenos das do Ocidente, pelo seu aspecto altamente educativo. 


Bibliografia: 
A Bíblia Sagrada - Trad. João Ferreira d’ Almeida - Ed. SociedadeBíblica Britannica e Estrangeira – 1937.

Por JoséPassini

Quem era Esse Homem?

Quem eraEsse Homem? Desceu das estrelas e aninhou-Se no seio de uma jovem mulher, a fimde vir à luz.

Teve por paium carpinteiro e com ele aprendeu o ofício, embora Suas mãos já tivessemamoldado substâncias celestes, formando o próprio planeta em que veio habitar.

Habituado àharmonia celeste, deixou que o vento cantasse melodias em Sua cabeleira e queas areias lhe fustigassem a face.

Amou Sua mãecom devoção. Logo iniciado Seu messianato, retornou ao lar para vê-la e aacompanhou às bodas a que fora convidada.

Obedeceu-lheao pedido e ofertou aos convivas o líquido especial para os despertar para arealidade.

Em agonia,recordou de a entregar aos cuidados de um jovem idealista, preocupando-Se com oque lhe poderia suceder, após a Sua partida.

Quem eraEsse Homem? Andou por estradas poeirentas, campos cultivados, às margens de umlago, lecionando o amor.

Viveu em umaépoca de desmandos, de corrupção dos costumes, de licenciosidades.

No entanto,manteve-Se íntegro, embora movimentando-Se entre pessoas consideradas de máconduta.

EstendeuSuas bênçãos aos pobres deserdados da sorte tanto quanto aos detentores depoder econômico e certa supremacia social, a uns e outros ofertando das Suasluzes.

Líder de umgrupo que elegeu para assumir a preciosa missão de dar continuidade à Suaproposta, os incentivou a que deixassem fluir as suas qualidades interiores.

Vós soisdeuses! – Afirmou. E podeis fazer tudo o que faço e muito mais.

Ensinou quetodos os homens são herdeiros do Universo infinito, imensurável. Todos filhosdo mesmo Pai, embora vivendo sob tetos diversos, em terras distantes uns dosoutros e falando línguas estranhas.

Quem eraEsse Homem a quem os Espíritos obedeciam e se rendiam? Senhor dos Espíritos – Ochamavam.

Quem eraEsse Homem que fazia cessar as dores, devolvia movimentos a corpos paralisados,a vista aos cegos e a palavra aos mudos?

Quem eraEsse Homem que, em menos de três anos, revolucionou o mundo do pensamento semnada ter escrito? Que reuniu ao seu redor, nada menos de cinco centenas detrabalhadores para darem continuidade ao Seu legado?

Que, aopartir, deixou semeadura tão grande que até hoje, transcorridos mais de doismil anos, ainda não se esgotou?

Quem eraEsse Homem, tão grande que não coube na História, dividindo-a entre antes edepois dEle?

Diziam queEle era o filho de um carpinteiro de nome José e de uma mulher chamada Maria.

Nascido emBelém, viveu exilado no Egito. Depois, cresceu em Nazaré e morreu na capitalreligiosa da época, Jerusalém. terra dos profetas.

Quem era EsseHomem?


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Um dia, umraio de luz deixou a amplidão dos céus e veio viver entre os homens.

Maisbrilhante que o sol, escondeu Seu brilho nos trajos de simples carpinteiro.

Ele era luz.Veio para as sombras e as sombras tentaram empanar-Lhe o brilho.

Destruíram aânfora onde se aninhava a luz. Então, liberta, ela brilhou ainda maisintensamente e, até hoje, enche o infinito das nossas necessidades.

Seu nome é.. . Jesus.


Redação do Momento Espírita. 




Jesus e sua Trajetória de Luz na Terra

Era ogoverno do imperador Caio Julio César Otavio Augusto. A Palestina estava numperíodo de luz. As pessoas pareciam encantadas. O clima era de alegria, Augustogovernaria do ano 63 a.C até o ano 14 d.C.

Reencarnarampoetas, pintores, musicistas para preparar o solo árido e grosseiro do planetapara a chegada do Messias.

Inicia-se ogoverno de Tibério César. Roma domina o mundo. A águia romana tem todo o podertemporal. O povo judeu sofria as injunções perturbadoras do império romano.

Ele chegaracomo se fosse um raio de sol para iluminar a paisagem lúgubre do planeta.

A sua belezairradiava uma energia de amor e luz, a sua presença facultava ao mundo aoportunidade de redenção, onde todos poderiam ser beneficiados com suapresença.

A históriade Jesus é a mais bela história que a Terra conheceu. Um Espírito puro, queaceitou das mãos da Providencia Divina a missão de construir e governar umplaneta em formação e nele lecionar as mais belas lições jamais vistas.

Assim,sejamos fortes e corajosos para desbravar os mares bravios das nossasimperfeições da alma, no sentido de alcançar a tão sonhada iluminação.

Com Jesuscomeça a transformação moral do planeta: a Terra e o Céu unem-se para uma novajornada de luz, amor, paz e felicidade, com os ensinamentos daquele que se doouem amor para conduzir ao reino do Pai todos aqueles que estão na retaguardanecessitando de iluminação.


Por Oswaldo Coutinho 




Ele Nasceu

Ele nasceu. O seu berço singelo anunciava a lição da simplicidade. Amanjedoura fora o local escolhido por Ele, para iniciar a trajetória maisintrigante que se teria notícia percorrendo os séculos porvindouros.

O Seu coração refletiu luzes que iluminou toda a humanidade. A naturezaLhe reverenciou festiva; o esplendor da sua presença neste orbe pôde serpercebido nas longínquas regiões do sistema solar, de onde coros de anjosentoavam cânticos em sua homenagem, pelo sacrifício de deixar as regiõescelestes e encarnar em um mundo de dor e sofrimento; afinal, Ele veio ter comaqueles a quem escolhera conduzir ao Pai, e desejou ensinar a lição em nome deDeus, com a própria vida.
Mesmo sabendo que não seria compreendido, aceitou espalhar sementes noscorações ressequidos de alguns, indiferentes de outros e férteis de muitos. Semdemonstrar qualquer superioridade; sem firmar ostentação, Ele, o Rei Supremo, osoberano maior deste mundo, apresentou-se na doce ternura dos braços dos seuspais, Maria e José, iniciando a maior história de amor que o mundo viriaconhecer, para perpetuar o Seu ensinamento nas almas de boa vontade.

A mensagem que Jesus ensinou é a do amor universal. Ele não separou ohomem por religião, cor, nacionalidade ou outra classificação que seja. Amou atodos indistintamente. Sem sofismas ou teses filosóficas incompreensíveisensinou lições inesquecíveis como: “perdoar setenta vezes sete vezes”, este é osegredo da felicidade neste mundo de ilusões, pois que, quem não guarda o feldo ressentimento no coração vive em paz; “vá e não peques mais”, anunciando quesempre se pode recomeçar, propondo-se não mais errar, corrigindo a conduta e osentimento; “ama o teu semelhante como a ti mesmo”, sem qualquer engano deinterpretação a lei mais perfeita que já se tem conhecimento em todos osensinamentos encontrados na humanidade, que será o código que regerá asociedade do futuro onde não mais encontraremos distonias ou injustiças, porqueo homem, aplicando-a será incapaz de fazer mal o seu semelhante, amando-o.

Ele nasceu, e o nosso coração necessita sintonizar com a Sua presença,somente assim entenderemos que o que nos falta, que o que nos angustia, que oque nos limita, que o que nos escraviza, é a falta Dele em nossos corações.

Nós ansiamos por encontrar-te na face sempre presente dos nossos irmãos.

SÊ BENDITO JESUS!      

 Por Adelvair David
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