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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Objetivo da Mensagem de Jesus, interpretada segundo Allan Kardec



A cura dos males do corpo de carne cabe à medicina, cujos métodos, ou protocolos de tratamento, são ensinados pela generalidade das faculdades de medicina do mundo inteiro, ou com recurso a medicinas complementares, ditas alternativas, conforme os gostos e crenças de cada um.

As Associações Espíritas, são associações livres e autônomas, cada uma tendo a sua interpretação particular da doutrina espírita, mas não são, nem devem ser, do meu ponto de vista, locais destinados a curas físicas de qualquer espécie, o que não quer dizer que não hajam associações espíritas que possuam, hospitais, em que se pratica a medicina convencional. Em Portugal isso não é comum, que eu saiba, mas no Brasil, por exemplo, já é.

O próprio Jesus de Nazaré, de acordo com os relatos dos Evangelhos, aplicava a imposição das mãos para curar todo o tipo de maleitas, mas é muito claro que as curas serviam para motivar a atenção do povo e a fé. Não era a cura física o objetivo do nosso Mestre e Modelo. As curas de Jesus, de acordo com a crença espírita, não eram milagres, mas fenômenos naturais que Jesus, por via da sua extraordinária elevação espiritual. Jesus não é Deus, como muitos professam, mas, segundo a informação dos espíritos, que podemos ler na obra escrita de Kardec, foi o Espírito mais elevado que pisou a Terra. Contudo,  há muitos outros mestres espirituais, muito elevados, em missão aqui neste planeta.         

O passe magnético, que é usual ministrar às pessoas após as palestras, nas associações espíritas, corresponde a uma tradição, que tem a sua origem no fato de Allan Kardec acreditar no magnetismo animal, técnica de cura inventada por Mesmer, seu contemporâneo. Mesmer começou por usar magnetos (usualmente designados ímanes), convencido que curavam. Mais tarde verificou que, sem os magnetos, também era possível curar e dispensou-os, mas o método de cura continuou a chamar-se magnetismo. Na medicina convencional esta técnica não vingou, como sabemos.

Quando recebo o dito passe magnético, o que sinto é que fico num estado um pouco mais relaxado. E isso é bom, por isso não vejo inconvenientes. Mas não é uma cura.

No Oriente havia e ainda há uma maior crença nestas técnicas, por exemplo a acupuntura, o Reiki, etc. E foi do Oriente que nos chegou esse conhecimento milenar, embora alguns espíritas o atribuam a psicografias recebidas por médiuns no século XX.

De toda a informação que tenho lido, admito que existam algumas poucas pessoas com uma capacidade especial para curar e diagnosticar, sem meios de diagnóstico e instrumentos médicos,  com ou sem imposição das mãos sobre o doente. Mas como a cura  é algo que os seres humanos procuram avidamente, sobretudo aqueles que já perderam as esperanças na medicina convencional,  pode mover muito dinheiro. E isso faz do curandeirismo algo muito apetecível para os charlatães. Mesmo admitindo que  são pessoas sérias, não é fácil manter essa prática, pois quando a quantidade de pessoas que os consulta começa a aumentar, eles têm de recorrer a auxiliares, que se corrompem facilmente, devido à pressão das pessoas para passar à  frente umas das outras.

Um dia, a ciência poderá explicar as curas especiais e os curadores. Por enquanto mantenho-me algo céptico em relação a isso. Nem me dou por convencido, nem nego a possibilidade.       

Então qual é a mensagem espiritual fundamental?

A vida é eterna (todos somos espíritos eternos, ligados provisoriamente a um corpo);
As encarnações do espírito que somos, são em grande número. Podem ser num mundo precário, como a Terra é actualmente (um autêntico purgatório), ou em mundos mais felizes;
Para alcançar os mundos mais felizes (os céus - para os católicos), é necessário que nos saibamos comportar lá, onde a fraternidade e o amor ao próximo impera. Onde as funções são distribuídas e exercidas por aqueles que têm mais capacidade para as realizar, de forma a salvaguardar o bem comum e a solidariedade (olhemos de forma rigorosa e honesta, sem o orgulho, que nos impede de nos auto-conhecermos, ou seja de reconhecermos as nossas próprias imperfeições, e fácilmente compreendemos que, nesses mundos mais perfeitos, seriamos um estorvo, ou seja, elementos de perturbação).

Todos partimos espíritos simples e ignorantes, com capacidades semelhantes de progredir e atingir uma felicidade, cada vez maior, até à absoluta felicidade dos Espíritos Puros. O tempo  que demoramos a alcançar esse estado, é a única variável que podemos controlar.

A lei do progresso é infalível. A velha canção, "Coimbra", cantada por Alberto Ribeiro, sobre a vida dos estudantes de Coimbra refere: "só passa quem souber", tal como no mundo espiritual só passa quem merecer. A reprovação, ou seja a continuação da encarnação em mundos infelizes, é o verdadeiro castigo, para aqueles de nós que já compreendem e sentem que existem mundos mais felizes.

Aqueles de nós que ainda se sentem satisfeitos perante a brutalidade, sentem-se felizes em planetas como a Terra. Mas a dureza da vida acabará por os vergar, aumentar a inteligência  e,  a  partir de determinado grau de inteligência, a sensibilidade moral, de tal modo, que, a seu tempo, inevitavelmente evoluiremos.


Fonte: http://cedak-pt.blogspot.com/

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