
Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a  razão e a emoção. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos  procedimentos dos seres em todos os sentidos.
Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos  processos e dos procedimentos.
O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar  elemental, já com dois pólos magnéticos ocupados por Orixás  diferenciados em todos os aspectos. O pólo magnético positivo é ocupado  por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã.
Esta linha eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do  ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo  elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu  segundo elemento, etc.
Portanto, na linha pura do "ar elemental" só temos Ogum e Iansã como  regentes.
Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é  ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias  naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda.
Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás  Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da  Lei.
Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros  sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum  tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas,  que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos,  sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma  hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material;  Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que  são seus opostos. E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá.
Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério "Guardião" e suas  hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e  pólos magnéticos opostos, como acontece com outros. Não, senhores!
Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou seqüenciais, sem  quebra de "estilo" , pois todos os Oguns, sejam os regentes dos pólos  positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, todos atuam da  mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei!
Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma  inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois mão se permitem uma conduta  alternativa.
Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um  "caboclo" de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das  tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados,  tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.
Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre  vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.
 
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