
Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a  razão, despertando nos seres o senso de equilibrio e eqüidade, já que só  conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução  se processa num fluir contínuo.
Comentar sobre o Orixá Xangô é dispensável pois é muito conhecido dos  praticantes de Umbanda. Logo, nos limitamos a comentar alguns de seus  aspectos.
O Trono Regente Planetário se individualiza nos Sete Tronos Essenciais,  que projetam-se energética, magnética e vibratóriamente e criam sete  linhas de forças ou irradiações bipolarizadas, pois surgem dois pólos  diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente, ativo e  passivo, masculino e feminino, universal e cósmico.
Uma dessas projeções é a do Trono da Justiça Divina que, ao irradiar-se,  cria a linha de forças da Justiça, pontificada por Xangô e Egunitá  (divindade natural cósmica do Fogo Divino).
Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, Xangô e Egunitá são  os pólos magnéticos opostos. Por isto eles se polarizam com a linha da  Lei, que é eólica por excelência.
Logo, Xangô polariza-se com a eólica Iansã e Egunitá polariza-se com o  eólico Ogum, criando duas linhas mistas ou linhas regentes do Ritual de  Umbanda Sagrada.
O Orixá Xangô é o Trono Natural da Justiça e está assentado no pólo  positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz sugir sete  hierarquias naturais de nível intermediário, pontificadas pelos Xangôs  regentes dos pólos e níveis vibratórios intermediários da linha de  forças da Justiça Divina
Èstes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis  vibratórios; são multidimencionais e são irradiadores das qualidades,  dos atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô.
Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis  vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os  aplicadores dos aspéctos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda,  quem lida com os regentes desses aspectos são os Exus e as Pomba-giras,  então não vamos comentá-los e nos limitaremos aos regentes dos pólos  positivos intermediários, que formam suas hierarquias de Orixás  Intermediadores, que pontificam, na Umbanda, as linhas de trabalhos  espirituais.
Estes Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários,  possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material.  Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô  dos Raios, Xangô do Tempo, Xangô da Lei, etc. Enfim, são nomes  simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs intermediários.  Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos  magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram  "humanizados" e regem linhas de caboclos que manifestam-se no Ritual de  Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e de reação.  Eles são os aplicadores "humanos" dos aspectos positivos da Justiça  Divina.
 
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