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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O que é o Espírito Santo?



ESTUDO ESPÍRITA SOBRE O ESPÍRITO SANTO

“Queo Espírito Santo me ilumine e ajude a tornar compreensível a minha palavra,outorgando-me o favor de pô-la ao alcance de todos!”

Sãoraras as citações, como a em epígrafe, nas Obras Básicas ou Introdutórias daDoutrina Espírita e pouco freqüentes nas Obras complementares ou Confluentes,mas bem abundantes na Bíblia, Novo e Velho Testamentos, designando-se nelas oEspírito Santo, ora como uma entidade coletiva ora individual, um Espíritopuro, o Revelador, uma consciência moral ou uma inspiração mediúnica.

Emalgumas traduções bíblicas o dito “do Espírito” foi substituído por “doEspírito Santo”, alterando substancialmente o sentido, o que vem dificultar aanálise de toda acepção do termo, com estas inserções, sem contudoconstituir-se num impedimento. Outra não foi a intenção tendenciosa de algumastraduções.

Assim,a tradução do texto original – “Se um homem não renasce da água e do Espírito”– sofreu alteração com a referida interpolação para “da água e do SantoEspírito” e em outras para “da água e do Espírito Santo”.

Nasobras espíritas e não espíritas, vemos citações em que as ações do EspíritoSanto são definidas como uma manifestação coletiva a exemplo da que se segue:

“Falange de Emissários da Providência que superintende os grandes movimentos daHumanidade na Terra e no Plano Espiritual.”

NaBíblia, Novo Testamento, as citações são inúmeras e com sentidos vários. “Idepois, e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e doEspírito Santo, instruindo-os na observação de todas as coisas que vos tenhoprescrito e ficai certos de que estarei convosco até a consumação dos séculos.”(Mateus, 28:19-20.)

Equivaledizer:

Evangelizara todos, sem distinção ou privilégio, nesse mergulho nos desígnios de Deus, deJesus e dos Espíritos Superiores, porque Jesus jamais batizou alguém com a água(João, 4:2), nem os apóstolos o fizeram, enquanto Jesus estava entre eles, enem recomendava esta prática, como refere Paulo de Tarso, o Apóstolo dosGentios:

"Cristome enviou, não para batizar, mas para evangelizar." (I Coríntios, 1:17.)

Assim,podemos "ignorar" o batismo da água, e a ele não devemos nos submeter, nemsujeitar nossas crianças, (pelo menos, não com tanta veemencia) mas não o do fogo, que representa simbolicamente apurificação, a nossa transformação moral. Estaremos faceando, no Evangelho deJesus, o sábio roteiro da nossa reforma íntima, cabendo-nos vivenciar osensinamentos do nosso Mestre, que veio para nos exemplificar e não nos salvar,porque “não foi a sua morte que nos salvou, mas sua doutrina”, sendo cada umresponsável pela sua própria salvação, no sentido de remissão, resgate, e nãode remissão, anulação de nossas faltas. Estaremos realmente batizados peloEspírito, quando estivermos em sintonia com Ele, na senda do progressoespiritual.

Referindo-sea Pedro e João assim está escrito no Novo Testamento:

“Vendo,porém Simão que, pelo fato de imporem as mãos [Pedro e João] era-lhes concedidoo Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, propondo: Concedei-me também estepoder, para aquele que sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo.Pedro, porém lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para a perdição, poisjulgaste adquirir por meio dele o dom de Deus.” (Atos, 8:18-20.)

Entãoo que significa o Espírito Santo para nós, espíritas?

OEspírito Santo não representa Deus, nem é uma figura dogmática da “SantíssimaTrindade”, “que não tem fundamento no espírito e na verdade dos Evangelhos”,tendo sido uma criação da Igreja e surgindo após os Concílios de Nicéia (325) eConstantinopla (381).

“Temossempre nos originais gregos no Novo Testamento, ‘Pneuma Hagion’ (Espírito Santo),sem o artigo definido ‘ho’ (o) diante dele. Neles também não há o artigoindefinido (um), porque este não existe no Grego. No Velho Testamento sóaparece o Espírito Santo como sendo um espírito humano evoluído, santo. EmIsaias (63:11), lê-se: ‘Onde está o que pôs nele o seu Espírito Santo?’ ”

Maisalém, no Novo Testamento, na predição do nascimento de Jesus, respondendo aMaria, o anjo Gabriel assim se pronunciou:

“Descerásobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra;por isso também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus.”(Lucas 1:35.)

Bemmais adiante, o Espírito Santo foi referido por Jesus como o Revelador, oConsolador Prometido, a sua própria presença na Terra:

“Eeu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempreconvosco, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vênem o conhece, mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará, em meunome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vostenho dito.” (João, 14:16-17 e 26.)

DeBezerra de Menezes – culto, virtuoso e simples, o “médico dos pobres” e dasnossas almas, “agente das luzes do Consolador”, um fenômeno só compreensívelpor quem possua a noção da infinitude do bem do ser espiritual, pinçamos umtrecho de seu pronunciamento, respondendo sobre os méritos e o valimento doEspiritismo:

“AllanKardec, Espírito preposto por Jesus para reunir em um corpo de doutrina ensinosconfiados, pelo mesmo Jesus, ao Espírito de Verdade, constituído por uma legiãode Altíssimos Espíritos, só apanhou o que estes deram, e estes só deram o queera compatível com a compreensão atual do homem terreno.”

OEspiritismo é uma doutrina eminentemente consoladora, representando oConsolador Prometido por Jesus, a Terceira Revelação, fruto do ensino coletivodos Espíritos, que pontificaram em vários pontos do Planeta, sendo reunidas porKardec, após análise da razão, na Codificação Espírita.

“Razão,ciência e fé – Tal a trindade de que se compõe a Terceira Revelação.” ADoutrina Espírita veio completar suas instruções e ensinar todas as coisas, queo mundo pode agora receber, relembrando e renovando todos os seus ensinamentossendo ela extremamente dinâmica, mantendo-se, por isso mesmo, sempre atualizadae em conformidade com a Ciência, como sempre foi.

“Desvirtuadapor completo de sua verdadeira significação, a promessa de Jesus não representapara a Igreja Romana e Protestante a difusão do Espírito, ou antes dosEspíritos, que, por ordem de Deus e enviados por Jesus, viriam estabelecertodas as coisas, mas sim um dom sobrenatural, um movimento do cérebro e docoração que Deus operou unicamente nos Apóstolos, no dia de Pentecostes.”

AllanKardec fornece as explicações necessárias, sobre estas manifestaçõesmediúnicas, esclarecendo sobre a natureza sua e situando-as no contexto doentendimento da Terceira Revelação.

“Sedisserem que esta promessa se cumpriu no dia de Pentecostes, por meio dadescida do Espírito Santo, poder-se-á responder que o Espírito Santo osinspirou, que lhes desanuviou a inteligência, que desenvolveu neles as aptidõesmediúnicas destinadas a facilitar-lhes a missão, porém que nada lhes ensinoualém do que Jesus já ensinara, porquanto, no que deixaram, nenhum vestígio seencontra de um ensinamento especial".

Vendopor outro dos inúmeros prismas, esclarece-nos Emmanuel, que ora Espírito Santo“designa a legião dos Espíritos santificados na luz e no amor, que cooperam como Cristo desde os primeiros tempos da Humanidade”.

Ora,como no Novo Testamento, foi usado noutro sentido, como em:

“Todosos pecados lhe serão perdoados, menos os cometidos contra o Espírito Santo.Aqui, representa “ a falta cometida com a plena consciência do dever, depois dabênção do conhecimento interior despertando em nosso íntimo a centelha doespírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas e a alma humanaestará contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.”

ADoutrina Espírita é consoladora, estabelecendo a verdade sobre Deus; não “umDeus que manda tentar, por seus sequazes, a pobre criatura humana, para ter oprazer de condená-la para sempre ao fogo eterno”, mas um Deus soberanamentebom, justo e misericordioso e que, portanto, não deserda seus filhos,condenando-os a penas eternas, pois não há, para Ele, faltas irremissíveis.“Não pode ser infinitamente vingativo, nem nos imobiliza no mal.”

# Éconsoladora porque explica, pela reencarnação, como age esta Justiça Divina,única maneira compatível com nosso Pai Amoroso, que nos criou simples eignorantes, na certeza de que pela nossa evolução espiritual, através dapluralidade das existências e dos mundos habitados, todos alcançaremos aperfeição e a felicidade, porque como prometeu Jesus, “das ovelhas que meu Paime confiou, nenhuma se perderá”.

# Éconsoladora porque nos remete à fé raciocinada e à nossa reforma íntima, nacerteza de que “a cada um será dado segundo as suas obras”. (Mateus, 16:27.)

# Éconsoladora porque restabelece e amplia a evocação e a comunicabilidade dosEspíritos, tornando-a extremamente dinâmica, tendo suas mensagens enxugado lágrimase pacificado corações.

# Éconsoladora porque, através do passe e da água fluidificada, transfere energiabenfazeja aos necessitados, promovendo, sempre que possível, sua reestruturaçãofísica e mental.

# Éconsoladora porque nos faz aceitar a dor com resignação, na certeza de que sereverterá no nosso burilamento espiritual e, por isso, na nossa evolução, numprocesso, não punitivo, mas educativo, concedido por Deus, nosso Pai Amoroso.

EmPentecostes, visualiza-se um outro prisma de enfoque:

“Derepente veio do Céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda casa ondeestavam assentados. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falarem outras línguas, segundo o Espírito, lhes concedia que falassem.” (Atos, 2:2e 4.)

Foiuma manifestação mediúnica de xenoglossia coletiva em que eles estavam “cheiosdo Espírito Santo”, portanto, em transe mediúnico e falavam idiomas por elesdesconhecidos nesta encarnação, mas cada um os ouvia falar em seu próprioidioma, como muita vezes acontece até hoje, individualmente, nas específicas eselecionadas manifestações espíritas.

“Estava,portanto, cumprida a promessa e, com ela, fundada a igreja viva de Jesus-Cristoneste mundo.”

Assim,sejamos plenos do Espírito Santo, para que possamos, crentes na mesma crença,ser os divulgadores, na mesma seara, da Terceira Revelação, trazida ao nossoconhecimento pelo Espírito Santo.

Referindo-sea ela, manifestou-se o Espírito Bezerra de Menezes, na mensagem ao ConselhoFederativo Nacional:

"Onosso compromisso é com Jesus, o Amor, e com Allan Kardec, a razão, para que areligião cósmica da verdade domine os corações humanos, restaurando no planetaa era da legítima fraternidade."

Fernando A. Moreira
Fonte:Reformador/Julho 2004


Comentário: Só existe uma verdade, uma realidade noUniverso e fora, se é q existe algo mais além do Universo: essa realidade éaquilo a q as diferentes crenças deram o nome de Deus, Alá, Espírito Santo, Espírito,o reino dos céus, Cristo, Buda, consciência cósmica, consciência Crística, consciênciabudica, consciência universal, consciência una, mente, samadhi, nirvana,satori, iluminação etc., conforme as diferentes culturas. Essa palavra é tãosomente um rótulo q não representa Deus, pois 'a palavra não é a coisa, masapenas o símbolo da coisa'. É a Realidade subjacente a tudo, seres e fenômenos.Há certas religiões no Oriente q lhe dão 'mil' nomes porque nenhum tem a capacidadede explicá-lo. É o Vazio, o Zero, o Absoluto, o Nada e o Tudo, o Alfa e oÔmega. Enfim só Deus existe, infinito e eterno; tudo o mais, você, eu, eles,animais, vegetais e minerais, os planetas, luas, estrelas, sóis e galáxias,tudo é apenas efeito de Deus. Deus é a única causa e, sendo infinito, é o únicoefeito. Se houvesse no universo algo, por mais insignificante e ínfimo q fosse,além de Deus, este não seria infinito; haveria Deus e algo mais. Como éinfinito está fora e dentro de tudo, como ensinou Paulo: "Nele vivemos erespiramos; Ele está à esquerda e à direita, à frente e atrás, acima eembaixo", dentro e fora, pois o "O Senhor habita vossoscorações" e "Vós sois o templo do Altíssimo", e Jesus: "Nãodireis, 'ei-lo aqui' ou 'ei-lo acolá', pois reino de Deus está dentro devós". É o Criador, o Mantenedor e o Destruidor de todas as coisas. Tudovem de Deus e desaparece novamente em Deus. Essa a concepção das grandestradições místicas orientais, de séculos ou milênios antes de Cristo, e é aconcepção dos místicos ocidentais, inclusive do primitivo cristianismo, ocristianismo de Jesus, não o cristianismo ensinado pelas igrejas, quemodificaram totalmente a antiga concepção. Em fim, não é algo ou um ser queestá lá em cima nos céus, longe de nós, ele lá e nós aqui. Não é algo quedevemos alcançar pois isso seria, como diz o Zen Budismo, "montar no boipara procurar o boi". Ele já está aqui em nós e em tudo. O que nos falta éperceber, é ter a experiência mística, isto é, é conhecer essa verdade. Nossa ignorância,que não é fruto de nada, de nenhuma ação que praticamos, é que nos venda osolhos (a mente) e impede que vejamos a Realidade. Para vê-la temos de ir alémdo ego, além do espaço-tempo, ir para o atemporal, q está aqui e agora, mas quenos foge à percepção. "É insensatez que vocês desejem entrar no reino deDeus sem primeiro entrar em vocês mesmas, pois é dentro de cada um de nós queDeus está e ali é que vamos encontrá-lo e compreendê-lo". Deus é e somenteDeus é.

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