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domingo, 4 de dezembro de 2011

Hoje é Dia de Iansã - Dia de Santa Bárbara - 04 de Dezembro



Mitos, Lendas, Associações e PrincipaisCaracterísticas

Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos, Senhora dosRaios e das Tempestades.

Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi umaprincesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C..

Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi (mãede Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para otrono de Oyó.

Conhecedora de todos os meandros da magia encantada,nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas.
Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados aoImpério Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta aenfrentá-lo.

Oyá recebeu, de Olorun, a missão de transformar erenovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempreé tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muitadestruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural.Normalmente, Oyá sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendovoar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida. Alémdisso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação detodas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vitalpara a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarãofertilizando a terra.

Divindade eólica, sopram os ventos que afastam asnuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o raio que abre osreservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas asmitologias.

Apesar de dominar o vento, Oyá originou-se na água,assim como as outras yabas, que possuem o poder da procriação e da fertilidade.Está relacionada com o número 9, indicativo principal do seu odú.

Oyá está associada ao ar, ao vento, a tempestade, aorelâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns).

Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. É a meninados olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dosEguns(mortos).

Oyá tem ligações com o mundo subterrâneo, ondehabitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre asindividuações da multifacetária Iansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios.

Impetuosa, guerreira e de forte personalidade, éreverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà.

Oyá, em tempos remotos, era patrona (ou matrona) deuma sociedade secreta feminina, que cultuava os ancestrais (pessoas jádesencarnadas pertencentes à religião), que denominamos Egungun. Foi o orixáOgun que conseguiu acabar com a primazia das mulheres nesse culto, que passou aser exclusivamente masculino. Mas, apesar disto, Oyá ainda é reverenciada nessasociedade.

Oyá, segundo a mitologia, é um orixá muito forte,enfrentando a tudo e a todos por seus ideais. Não aceita a submissão ouqualquer tipo de prisão.

Faz parte de sua indumentária a espada curva(alfanje), o erukere, que usava para sua defesa, além de muitos braceletes eobjetos de cobre.

Sua dança é muito expansiva, ocupando grande espaçoe chamando muita atenção.

Duas espadas e um par de chifres de búfalorepresentam a imagem de Oyà.

Suas contas são amarelas ou vermelhas ou tijolo, ocoral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lavavulcânica).

Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje,adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravadosem um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").

Com Oxalá aprendeu sobre o uso do raciocínio e o domda paciência. Por isso ela não desiste facilmente de seus objetivos, sabendoesperar o momento certo para conquistá-los.

Oyá é puro movimento. Não pode ficar parada, paranão extinguir sua energia. O vento nunca morre, ele está sempre percorrendonovos espaços.

Arquétipo
Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, emvez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferemas batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.

Costumam ver guerra em tudo, sendo, portantocompetitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, dabusca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhosde Ogum, que enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam sermais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha,vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhosde Ogum.

São quase que invariavelmente de Iansã, ospersonagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer comodos riscos. São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelasfiguras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por umideal. Faz parte dos filhos de Iansã a maior arte dos militantes políticos nãocerebrais por excelência. Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia eabraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando aexperiência anterior de forma dramática e exagerada, mal reconhecendo em simesmos, as pessoas que lutavam por idéias tão diferentes. Talvez uma súbitaconversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código devalores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos deIansã num dado momento de sua vida.

Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vidauma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estavaenganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radicalainda que a anterior.

O temperamento dos que têm Oyá como Orixá de cabeça,costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoasnão mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio deenergia.

São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter umdesastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, nacasa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar umairreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectosparticulares de sua vida.

Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comumque pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. Ao mesmo tempo, éum caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumamfascinar (senão aterrorizar) os que os cercam e os grandes interessados nocomportamento humano.

Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos echocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas sódetidamente. A longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmentequais seus objetivos e pretensões. Eles têm uma tendência a desenvolver vidasexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repentee podem terminar mais inesperadamente ainda. São muito ciumentos, possessivo,muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição - que não a queele mesmo faz contra o ser amado. Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéispara os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.

Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: ainconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem tambémcontaminar os aspectos profissionais.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentosduradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, poroutro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para afranqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis,pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há éticaque segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte earrasador.

Resumo:
Sincretismo: Santa Bárbara
Suas cores: amarelo, vermelho e coral
Saudação : Eparrei!
Seu dia: Quarta-feira e Sábado (como toda as Iabás)
Frutas e verduras: manga rosa, uva vermelha, maçã,cenoura, quiabo.
O que Rege: dá coragem e impulsividade; protegecontra desastres e acidentes.
Plantas: espada de Iansã (borda amarela) e bambu.
Elemento: fogo e ar
Festa: 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, com quemestá sincretizada.
Pedras: rubi, coral, granada.


Fonte de pesquisa:


Oraçãoà Iansã

Santa guerreira que ao meu lado caminha
Com sua espada de ouro e sua taça na mão
És para mim toda beleza, venero sua beleza
Guardo-a em meu coração,
Quando ela roda sua saia irradia
Deusa da Ventania
É a Rainha Trovão com meu Pai Xangô
Iansã fez a morada, ela roda sua saia
No romper da madrugada
Eparrei Ioiá
Saravá Iansã, ela é Rainha, é Orixá

Sua Abenção e sua Proteção minha Mãe...
Para mim e para todos os meus amigos....

Eparrei Bela Oyá!



HISTÓRIA DE SANTA BÁRBARA

Erao século 3... Diocleciano, governador da Nicomédia (Ásia Menor),procurava controlar a crise de seu Império. Nessa época, crescia muito o númerode cristãos, inclusive entre famílias nobres.

Istoaconteceu também na família de Bárbara, uma jovem bela e de condiçãonobre. Seu pai, Dioscuro, era um alto funcionário do Imperador,e para ele apenas a vontade do Imperador era o que deveria seguir. Bárbara,porém, acreditava no amor e num mundo mais humano e mais justo.

Como crescimento do cristianismo, as perseguições ficavam cada vez maisviolentas. Muitos convertiam-se e eram batizados pelo bispo Zenão e sereuniam em lugares secretos para seus encontros de fé.

Bárbara foicatequizada por pessoas amigas. Com muito amor acolheu em seu coração adoutrina de Jesus.

Afé de Bárbara ia crescendo e mesmo sem sair de casa ela interessava-se pelosacontecimentos que lhe chegavam através de suas amigas cristãs. Enquanto isso,mais cristãos eram sacrificados.

Umajovem bela e inteligente como Bárbara, não podia deixar de ter seuspretendentes. Dioscuro, seu pai, era muito ciumento e temendo que a beleza deBárbara atraísse pretendentes que não lhe interessavam, mandou construir uma torre,onde deixaria Bárbara trancada quando ele estivesse viajando.

Contaa tradição que a torre projetada por seu pai tinha duas janelas, masBárbara pediu ao construtor que aumentasse para três, com o intuito dehonrar a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o EspíritoSanto.

Bárbaraencontrava-se freqüentemente com suas amigas, e juntas rezavam pelos cristãosque a cada dia eram presos, maltratados e sacrificados.

Dioscurosoube que sua filha havia se tornado cristã, e pela primeira vez agrediuBárbara. Mas ela tentou explicar-se, dizendo que os cristãos acreditam quetodos somos irmãos e portanto não poderiam aceitar um Império baseado naviolência e na injustiça. Ele porém, se enraiveceu com as palavras de Bárbara eordenou que a fechassem na torre. Ela devia ficar lá sem se comunicar comninguém.

Nessaépoca, sua amiga cristã Mônica também tinha sido presa e o bispo Zenãodera seu testemunho de fé, sendo martirizado.

Contaa tradição que certo dia foram dizer a Dioscuro que sua filha havia favorecido afuga da prisão de sua amiga Mônica. Ele ficou furioso... resolveu ir até atorre e forçar Bárbara a prestar homenagem ao "deus" Júpiter.Bárbara, porém, recusou. Cheio de ódio, Dioscuro decidiu matá-lacom suas próprias mãos. Nesse momento, uma força misteriosa arrancou Bárbaradas mãos de seu pai. A parede onde não havia nenhuma porta abriu-se e ela saiuilesa.

Dioscurovendo-se vencido, ordenou aos soldados que procurassem sua filha por todos oscaminhos da cidade. Enquanto isso, Bárbara visitou os doentes, as comunidadescristãs e ajudava os filhos dos escravos.

Finalmenteos soldados encontraram Bárbara numa gruta, onde fora levar alimentopara alguns doentes.

Ajovem não reagiu à ordem de prisão, sua consciência estava tranqüila. Foilevada à presença do pai, que conseguiu a permissão do prefeito da cidade para denunciarsua filha diante da justiça. Bárbara então foi levada aos juízes, acusadapor seu pai de ser cristã.

Dianteda firmeza de Bárbara, os juízes esqueceram sua origem nobre econdenaram-na. Ao saber disso, sua mãe Irnéria procurou apelar em seu favorjunto do marido, mas Dioscuro não quis voltar atrás.

Naprisão Bárbara foi chicoteada. Seu corpo delicado cobriu-se de marcasroxas e mesmo ferida no corpo e no coração, procurava aumentar sua forçainterior através da oração.

Contaa tradição que num momento de grande oração, uma luz desceu do alto iluminandoas trevas da prisão. E uma voz lhe disse: "Bárbara, você está sofrendopor mim. Vou confundir seus perseguidores, curando suas feridas". Avisão desapareceu e a jovem sentiu-se cheia de alegria ao perceber que asferidas de seu corpo haviam desaparecido completamente.

Osjuízes não se conformaram com aquela cura inesperada. Então, tentaram torturá-lapelo fogo. Mas Deus interveio novamente apagando o fogo.

Dioscuro,porém, não se deu por vencido. Ordenou aos soldados que levassem Bárbara pelasruas da cidade, e a conduzissem debaixo de chicotadas. O corpo da jovemnovamente ficou marcado pela dor. Contudo, Bárbara contemplou mais uma vez, apresença divina que lhe curou as chagas.

Dioscuro,promotor do processo, pediu então à justiça a condenação de sua filha: "Sejamorta à espada, como convém aos membros da nobreza". E ao mesmo tempopediu permissão para que ele mesmo executasse a sentença.

Bárbarae sua amiga Juliana caminharam juntas para o local do martírio. Muitos cristãosas seguiram. A espada de Dioscuro levantou-se no ar e atingiu o pescoçode Bárbara, que serenamente entregava a Deus sua vida.

Irnériachorou muito. Daquele dia em diante, Dioscuro perdeu não só a filha mas tambéma companhia da esposa. Ele estava só... E por isso passou a perseguir aindamais os cristãos.

Foiassim que inconscientemente, seus passos o levaram até o monte onde as duasjovens tinham sido sacrificadas. A terra que tinha sido molhada pelo sangueinocente, estava coberta de flores. Nesse momento, Dioscuro ouviu umruído de trovão. O céu escureceu-se à sua volta, ele sentiu uma grande angústiae começou a caminhar pelo local, mas um raio fulminante atingiu-o nopeito.

Fonte:Tommasi, Tarcila. Santa Bárbara
Paulinas, 2003




Oraçãoa Santa Bárbara

SantaBábara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dosfuracões, fazei com que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e otroar dos canhões não me abale a coragem e a bravura.

Ficaisempre ao meu lado para que eu possa enfrentar de fronte erguida e de rostosereno todas as tempestades e as batalhas de minha vida, para que vencedor detodas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós,minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra, da natureza:este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar acrueldade das guerras.

SantaBárbara, Rogai por nós!

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